Neste episódio, Valdo Cruz, comentarista da Globo News em Brasília, detalha o quadro no Senado, e Bruno Carazza, colunista do jornal Valor Econômico e autor do livro “Dinheiro, Eleições e Poder”, esmiúça as manobras do Palácio do Planalto para amarrar apoio a seus candidatos.

02/02/2021

O ano legislativo começou com vitória maiúscula de Jair Bolsonaro, que emplacou seus candidatos na presidência da Câmara (Arthur Lira, PP-AL) e do Senado (Rodrigo Pacheco, DEM-MG). Um fôlego e tanto para um governo que lida com a dupla pressão do fiasco no enfrentamento da pandemia e da recuperação econômica que não veio. Na Câmara, a vitória é antes de tudo do Centrão, que volta a ocupar a segunda cadeira mais importante da República seis anos depois da ascensão de Eduardo Cunha. Como foram construídos os resultados desta segunda-feira? E que impacto terão sobre o biênio final do mandato de Bolsonaro? É o que O Assunto vai procurar responder em dois episódios. Neste primeiro, Valdo Cruz, comentarista da Globo News em Brasília, detalha o quadro no Senado. E Bruno Carazza, colunista do jornal Valor Econômico e autor do livro “Dinheiro, Eleições e Poder”, esmiúça as manobras do Palácio do Planalto para amarrar apoio a seus candidatos. “Oportunismo, criatividade e muita negociação de bastidor”, resume Carazza ao descrever a operação que destinou R$ 3 bilhões em créditos extraordinários do Orçamento do ano passado a 250 deputados e 35 senadores, viabilizada por uma decisão do TCU no apagar das luzes de 2020. “Abriram um balcão em que os parlamentares indicavam obras que serão contratadas pelo governo ao longo deste ano”. Sem deixar de reconhecer que Bolsonaro venceu, Carazza avalia que o preço a pagar será elevado: um presidente cada vez mais refém do Centrão.

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