O atual governador, Romeu Zema (Novo), lidera com folga as pesquisas. Seu único adversário competitivo, Alexandre Kalil (PSD), deixou o segundo mandato como prefeito de Belo Horizonte para concorrer. Ambos sem origem na política tradicional, conhecidos do público e bem-avaliados , eles se enfrentam em um duelo “de caráter local muito forte”, explica o mineiro Bruno Carazza, colunista do jornal Valor Econômico e autor do livro “Dinheiro, Eleições e Poder”. Isso leva, segundo o economista, a uma polarização “de dentro para fora”, ao contrário do que acontece em outros Estados. Zema, que em 2018 surfou a onda bolsonarista, agora procura manter distância da rejeição ao presidente, que se viu obrigado a patrocinar um candidato até aqui inexpressivo (Carlos Viana, do PL) para não ficar sem palanque no segundo maior colégio eleitoral do país. Já Kalil espera contar com a dianteira do aliado Lula no Estado para ao menos levar a disputa com Zema a um segundo turno. Para os dois protagonistas da corrida nacional, há muito em jogo ali: desde a redemocratização, ninguém se elegeu ao Planalto sem vencer em Minas.

 

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