Escândalos na Caixa Econômica Federal acontecem há décadas. É preciso reconhecer que as coisas não estão funcionando direito e pensar em maneiras para conter o apetite dos políticos nos bancos públicos brasileiros.

Na distribuição do butim do presidencialismo de coalizão brasileiro, cargos de comando em estatais valem muito. Eles geram a seiva que alimenta a erva daninha da base aliada – um amontado de siglas sem sentido ideológico algum que em troca de votos no Congresso saqueiam o erário. E nesse arranjo, grandes empresas nadam de braçada com empréstimos subsidiados e licitações viciadas.

A análise da estrutura corporativa da Caixa dá uma ideia de como esse mecanismo funciona. Em maio de 1994, a Caixa Econômica Federal tinha um presidente e seis diretores. Hoje o comandante do banco tem ao seu redor 12 (doze!) vice-presidentes. Essa criação de “boquinhas” para apadrinhados de diferentes partidos ocorreu de forma gradativa durante os governos de FHC, Lula e Dilma – o que demonstra que o patrimonialismo não respeita coloração partidária.

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