Ao longo de 2017 o governo continuou alimentando as engrenagens da concentração de renda por meio do Refis e de renúncias fiscais. É bom lembrar disso em 2018, ano de eleições.

O Refis foi a estrela do ano no quesito “rent seeking”: tivemos um para as dívidas tributárias (rebatizado de PERT), outro para as não tributárias (PRD) e ainda um terceiro para as dívidas rurais (PRT). Como se não bastasse transmitir a péssima mensagem de que no Brasil não vale a pena pagar impostos em dia, nessa brincadeira o governo abriu mão de R$ 16,4 bilhões nos próximos três anos, segundo cálculos conservadores feitos pelo próprio governo.

Além disso, enquanto o mundo todo clama por uma nova matriz energética renovável, e mesmo sabendo que na raiz do maior escândalo de corrupção de que temos notícia estava a exploração de petróleo, o final do ano veio com um presentão para o setor de óleo e gás: um regime tributário especial que, só nos próximos 3 anos, deixará de recolher R$ 20 bilhões de impostos e contribuições para os cofres públicos.

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