Abertura de inquérito contra a cúpula do MDB no STF revela como funciona o presidencialismo de coalizão brasileiro.

A Operação Lava Jato teve o mérito de extrair depoimentos de peças-chave do maior mecanismo de corrupção até hoje descoberto no país: a começar pelos financiadores (a cúpula das maiores empreiteiras do país e do maior dos “campeões nacionais”, o grupo JBS), passando pelos operadores do sistema (de doleiros como Lúcio Funaro a marqueteiros como João Santana) e chegando a políticos como Sérgio Machado e Delcídio do Amaral.

O ponto mais interessante é que a narrativa dos delatores apresenta incrível verossimilhança quando coletamos e analisamos os dados oficiais sobre financiamento eleitoral e produção legislativa no Brasil dos últimos anos. Esse foi o desafio a que eu me propus ao escrever o livro “Dinheiro, Eleições e Poder: as engrenagens do sistema político brasileiro”, que sairá em breve pela Companhia das Letras.

Entremeando histórias extraídas das delações da Lava Jato com uma montanha de dados sobre doações de campanha, resultados de eleições e a tramitação de projetos no Congresso, procuro mostrar como a política brasileira é capturada por interesses venais de políticos poderosos e grandes grupos econômicos.

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