29/10/2020

O cientista político Bruno Carazza diz que paralisias como estas são comuns em anos eleitorais — embora a situação esteja mais séria em 2020.

Segundo ele, a paralisia este ano gera prejuízos: textos que são importantes para a retomada econômica, como a PEC Emergencial e a reforma tributária, estão parados.

“Em geral esta época (pré-eleitoral) é de compasso de espera mesmo. Todos estão focados na eleição, o que torna muito difícil você ter qualquer perspectiva de aprovação de reforma este ano. Já que o calendário (eleitoral) foi adiado, então só vamos ter o segundo turno das eleições municipais no fim de novembro. E aí vamos entrar em dezembro com o Congresso com essa pendência das leis orçamentárias. O que indica que, nesse restante de ano, o que vamos ter é no máximo a votação do Orçamento (de 2021)”, diz ele.

“Até porque há a eleição para as Mesas (Diretoras), da Câmara e do Senado, em fevereiro (de 2021). Então, a perspectiva é bem ruim para pautas como a PEC (proposta de emenda à Constituição) do Pacto Federativo, a reforma tributária, a reforma administrativa. Nada disso deve avançar muito antes dessa definição da nova mesa diretora em fevereiro”, diz ele.

Leia a matéria na íntegra: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-54728778