O presidente pediu a Flávio Bolsonaro que prospecte nomes para exercer a função, que tem o objetivo de tentar reverter os altos índices de impopularidade

Por Letícia Casado Atualizado em 23 dez 2021

Otimista, o presidente acha que pode desequilibrar a balança financeira liberando recursos do Orçamento da União para políticos aliados, o que tem ocorrido, desde 2019, por meio do chamado orçamento

secreto. “Bolsonaro vai recorrer aos ativos tradicionais da política, inclusive o poder da máquina do Estado, com as destinações de Orçamento e as concessões de benefícios, para compensar o desgaste

em sua popularidade”, afirma o cientista político Bruno Carazza, autor do livro Dinheiro, Eleições e Poder (clique aqui para comprar). Para Carazza, o modelo de campanha em 2018 — sem

estrutura partidária e com prioridade total às redes sociais — só funcionou em razão das circunstâncias daquela época, que envolviam, por exemplo, o descrédito da classe política. Em 2022, as

circunstâncias serão bem diferentes. A escolha de um marqueteiro passou a ser considerada fundamental porque Bolsonaro, entre outras coisas, deixou de reinar sozinho nas redes sociais. Pior do que

isso: perfis de apoiadores e até vídeos do próprio presidente passaram a ser retirados do ar por motivos diversos, reduzindo o poder de fogo da milícia digital a serviço dele. A propaganda eleitoral

na TV será uma forma de tentar compensar isso, seja vendendo as realizações do governo, seja desconstruindo os adversários.

 

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