Após live em que mentiu sobre fraude na urna eletrônica, presidente passa a ser investigado por fake news e empresários e cúpula do MP saem em defesa das eleições

André Shalders, O Estado de S.Paulo

08 de agosto de 2021 | 05h00

Trata-se de um comportamento calculado, no diagnóstico do cientista político Bruno Carazza. Há a percepção de que Bolsonaro age assim para “energizar” sua base à medida que se vê acuado por fatores como pandemia de covid e crise econômica, além de desafiado pela liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto.

“Ao questionar as eleições e o Judiciário, Bolsonaro dá elementos para essa base de apoio, que não é desprezível, e soma hoje de 20 a 25% do eleitorado”, observou Carazza, professor do Ibmec e da Fundação Dom Cabral. Autor do livro Dinheiro, Eleições e Poder: as engrenagens do sistema político brasileiro, ele observou que, ao decidir entregar a “alma do governo” ao Centrão, com a nomeação do senador Ciro Nogueira (Progressistas) para a Casa Civil, Bolsonaro sofreu cobranças de seus apoiadores. “Isso é mais um motivo para ele tensionar, desviar a atenção da base dessa composição que fez com o Centrão no Congresso”.

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