Correio Braziliense, 14/09/2019

Chefe da força-tarefa admite que o vazamento dos diálogos fez a operação contra a corrupção sangrar, levando pessoas inibidas inicialmente pelas investigações a reagirem com apoio de setores, ”como órgãos públicos, empresas e até na mídia”

O que espera do seu futuro?

O que me preocupa é o futuro do país, onde meus filhos vão viver. Falam que a prioridade é a questão econômica, mas fecham os olhos para o fato de que só teremos uma economia forte no médio e no longo prazo se enfrentarmos o capitalismo de compadrio e a grande corrupção política brasileira. O compadrio é uma face perversa de um sistema extrativista, em que parte das elites desviam dinheiro e empobrecem a nação, como disseram Daron Acemoglu e James Robinson no livro Por que as nações fracassam. Nosso sistema eleitoral é capturado pelo dinheiro, como mostra o recente livro de Bruno Carazza. A corrupção grassa, reformas anticorrupção estão na gaveta, o combate à corrupção está se esfacelando e está sendo criado um clima favorável à impunidade.

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