Neste domingo (29/11), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez o sucessor no comando da capital do Estado: Bruno Covas, também do PSDB, foi eleito com quase 60% dos votos válidos.

  • Leandro Machado e André Shalders
  • Da BBC News Brasil em São Paulo e Brasília

Já o cientista político Bruno Carazza concorda que o resultado das eleições municipais não é muito animador para o governador tucano — não o credencia como o nome preferencial da centro-direita para 2022.

“Se você olhar para os resultados do Brasil como um todo, no primeiro e no segundo turnos, não dá para dizer que o PSDB se sagrou como o ‘o grande vencedor’. Quando você olha a distribuição nos Estados, o PSDB foi bem nos Estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul. Então, no país como um todo, o que a gente viu foi a continuidade de um encolhimento que vem de mais tempo”, disse Carazza, que é professor do Ibmec e da Fundação Dom Cabral.

“Claro, o PSDB vai continuar sendo o partido que mais vai governar brasileiros, a nível de prefeitura. Mas isso se deve muito ao peso que São Paulo tem nessa conta”, disse ele.

“Para o João Doria, isso mostra que o PSDB tem grandes dificuldades de ampliar seu poderio para além dos locais onde já está bem estabelecido, como São Paulo.”

“O que se vê, por outro lado, é que partidos de centro-direita que correm na mesma raia que o PSDB se deram muito bem: DEM, PSD, PP e outros tiveram crescimento nestas eleições e com uma votação dispersa no país todo. PP e PSD se saíram muito bem no Sul e no Nordeste; e o DEM se consolidou no chamado ‘cinturão da soja’, no Centro Oeste e no Norte”, disse o analista à BBC News Brasil.

“Sem dúvida que a centro-direita foi a grande vencedora destas eleições, mas agora começam as articulações para 2022. E a primeira batalha desta guerra é a disputa pelo comando da Câmara e do Senado. É um indicativo de como os partidos vão se arranjar”, diz Carazza.

Leia a íntegra: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-55125338