Revista Isto É, 13/09/2019

Para não infringir a meta fiscal, governo fica sem dinheiro para despesas básicas e serviços. Emissão de passaportes pode ser afetada e houve ministério que, para conseguir fechar as contas, cortou até o cafezinho.

Para evitar o colapso, há outra saída, que não foi seguida. Guedes não atacou o problema dos subsídios, desonerações e benefícios, segundo o economista Bruno Carazza, do Ibmec. “O governo abre mão de 20% de receita da arrecadação para beneficiar alguns grupos”, afirma. O governo recém-eleito poderia ter atuado para atacar as bilionárias e generosas desonerações introduzidas no apagar das luzes do governo Dilma Rousseff. Mas isso não ocorreu. Apostou todas as suas fichas na Reforma da Previdência, que atenuará o problema orçamentário quando for aprovada, mas os seus efeitos só serão sentidos nas contas públicas nos próximos anos. Além disso, Carazza considera muito radical a sugestão de Guedes de eliminar as despesas obrigatórias. Por mais que seja apropriado discutir os efeitos provocados por esses gastos, é importante lembrar que foram introduzidos para privilegiar rubricas como educação, segurança, pesquisa e meio ambiente.

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