Encrencados com a Justiça depois da Lava Jato, profissionais vitoriosos voltam a atuar no pleito de 2022. O PT já sondou o operador de redes sociais da campanha de Bolsonaro em 2018

Eudes Lima

A avidez dos candidatos pela contratação de marqueteiros que tiveram problemas com a operação Lava Jato pode ser o prenúncio de que as campanhas voltarão a ficar mais caras. João Santana é o melhor exemplo. Ele pilotou a reeleição de Lula e as duas campanhas de Dilma. Foi preso por lavagem de dinheiro e, agora, vai comandar a estratégia de Ciro Gomes. O publicitário Renato Pereira, por sua vez, está prestando consultoria para Marcelo Freixo, que concorrerá a governador do Rio de Janeiro. Pereira fez delação premiada e confessou ter participado de operação de caixa dois com o MDB fluminense. Ele já trabalhou para os ex-governadores Sergio Cabral e Pesão, entre outros políticos, além de ter no currículo a criação do “Pato da Fiesp”. “Apesar da Lava Jato, não houve nenhuma mudança estrutural no sistema político brasileiro. O custo das campanhas continua alto”, argumenta Bruno Carazza, doutor em direito. Para ele, os políticos conseguiram driblar a proibição das doações de pessoas jurídicas (vetada pelo STF em 2018) utilizando as verbas dos fundos eleitorais. “O que antes vinham das empresas agora vem dos impostos.”

Leia a íntegra: https://istoe.com.br/o-retorno-dos-marqueteiros/